Descubra tendências e dicas para o seu setor e veja análises do impacto da crise de COVID-19 nos pequenos negócios
Comércio Varejista
Segundo os dados do Sebrae, o faturamento do setor está 28% abaixo do pré-crise. Já o relatório semanal produzido pela Cielo aponta que, desde o início do surto de COVID-19 até a segunda quinzena de outubro, houve uma queda de 19% do varejo total no Brasil. Na última semana, esse índice ficou 6% abaixo do período pré-pandemia. Diversos segmentos do varejo, sejam bens duráveis ou não duráveis, já alcançaram patamares de faturamento semelhantes ao período pré-COVID e alguns estão sofrendo de desabastecimento devido à alta demanda.
Um estudo realizado pela Google aponta que em 2020 o brasileiro aumentou suas pesquisas para diversas categorias de produtos, com o índice de busca superior ao pico de 2019, ocasionado pela Black Friday. As pesquisas realizadas pelo Sebrae com pequenos varejistas sinalizam que, com a retomada gradual de algumas atividades comerciais, o consumidor passa a valorizar as empresas que estão adotando os protocolos de segurança e higiene em suas operações, todavia, a compra online continua crescente e recorrente.
Alimentação
Na última pesquisa do Sebrae de impactos da COVID-19 nos pequenos negócios, com coleta no final de setembro, o faturamento de serviços de alimentação foi 40% menor que antes da pandemia. Trata-se de uma recuperação lenta e gradual. Atualmente, 79% dos negócios ainda registram queda. Segundo o último boletim da Cielo disponibilizado em 03 de novembro, a queda nas vendas de outubro foi de 26,4% em relação ao pré-crise, com perspectiva de continuar uma melhoria gradativa.
Construção Civil
Pesquisa conjunta da CBIC/Senai e Abrainc do 3º trimestre revela crescimento de vendas superior ao de lançamentos, o que reduz o estoque de imóveis, que hoje equivale a 10 meses de vendas. Isso aliado à escassez de algumas matérias-primas estratégicas e aumentos altos de preços resultará em aumento do preço de imóveis na planta. Relatório de novembro da Abimóvel registra a produção de 43 milhões de peças de móveis e colchões, queda de 5,8% sobre 2019.Já o consumo aparente foi de 41 milhões de peças, e no acumulado do ano houve aumento de 8,8% em volume e recuo de 3,2% em valores, com um valor médio de R$ 237,74 por peça.
Beleza
O mercado de serviços de embelezamento segue apresentando queda acentuada no faturamento: -42% em relação ao faturamento antes do período da pandemia. A recuperação se mostrava lenta mas deu um salto de 13% positivo (-55% nas duas aferições anteriores, passando a -42% nesta), o que pode representar uma retomada mais rápida, a verificar nas próximas edições do monitoramento Sebrae a consolidação desse movimento.
O crédito continua um desafio grande e deve seguir sem atender às expectativas dos empreendedores da área, já que tivemos apenas 14% dos que solicitaram crédito atendidos no segmento.
Saúde
Segundo os dados do Sebrae, o faturamento dos pequenos negócios do setor está 25% abaixo do pré-crise. De acordo com a Cielo, o segmento de drogarias e farmácias está com um faturamento médio 1,7% abaixo de antes da crise. No segmento de clínicas de saúde cresce o número de empresas que adotam o atendimento remoto como opção para muitas consultas. Nas farmácias, os produtos que ajudam a prevenir o contágio continuam sendo requisitados, com uma demanda mais constante, mas continuam representando percentual significativo das vendas. As atividades econômicas voltadas mais a bem-estar, principalmente as academias, estão retomando as atividades, mas a recuperação tem sido gradual.
Logística e transporte
Com a melhora da situação econômica no geral, 4% dos empresários do setor declararam já estar faturando melhor do que antes. Na média do segmento, porém, o faturamento está 47% inferior ao pré -crise. Com esse percentual o setor segue estável nos dois meses anteriores, mas pior que a média dos demais setores da economia. De acordo com a pesquisa do Sebrae 57% dos entrevistados do segmento de Logística e Transporte declararam que estão em atividade no momento, no entanto, 87% destes ainda registram queda no faturamento mensal.
Oficinas e peças
Segundo dados do Sebrae, 91% das empresas de peças e oficinas já estão com as portas reabertas. Com a melhora na situação econômica no geral, 11% dos empresários do setor declararam já estar faturando mais que antes. Na média do setor, porém, o faturamento ainda está 30% abaixo do pré-crise. Com esse percentual, o setor segue estável em relação a um mês antes.
Educação
Segundo os dados do Sebrae, o faturamento do setor está 44% abaixo do período pré-crise e apesar de 18% dos empresários do segmento terem demitido, 8% contrataram trabalhadores com carteira assinada no último mês. O retorno das aulas na maioria dos estados intensificou a preocupação com a adoção de protocolos de segurança. A projeção de aumento de adoção de plataformas de aprendizagem digitais permanece, pois alguns alunos ainda se manterão no ensino online e as instituições de ensino perceberam a necessidade e caminham para adotar ou aprimorar o ensino híbrido em suas metodologias . Percebe-se tendência de aumento no número de pessoas procurando qualificação à distância. Dados do Sebrae demonstram que 50% dos negócios estão funcionando.
Turismo
Segundo dados do Sebrae, o faturamento dos pequenos negócios do setor está 65% abaixo do pré-crise. Há uma expectativa alta dos empresários da cadeia do turismo em relação a temporada de final de ano, visando minimizar os prejuízos causados pela pandemia. Ao mesmo tempo, há um enorme receio de ter que fechar as portas novamente. De toda forma, o momento é de cautela, devido a 2ª onda de COVID-19 que mantém muitos países europeus com medidas restritivas. Nos EUA a pandemia assumiu contornos mais graves. A mídia brasileira já noticiou que profissionais de saúde já orientaram ao Governador de São Paulo a por todo o estado em amarelo. Na primeira semana de dezembro, de 02 a 04 de dezembro, ocorrerá a FIT Cataratas, o segundo evento presencial do turismo. O evento será um bom termômetro para avaliarmos como as lideranças do trade estão enxergando o atual momento.
Pet Shops e veterinárias
Segundo os dados do Sebrae, o faturamento do setor está 21% abaixo do pré-crise. O cenário aponta menor impacto, quando comparado com demais atividades econômicas, e tende a estabilizar na reta final do ano. Contudo, como este é um setor considerado essencial e houve aumento de animais domésticos nos lares brasileiros, há sempre expectativa de melhora no consumo, mas em volume mais discreto do que no período pré-pandemia.
Artesanato
Segundo os dados do Sebrae, os pequenos negócios do setor, indicam que 1/3 das empresas (37%) estão sem funcionar. Sendo que 58% estão funcionando e destes, 48% implantaram novas formas de funcionamento. Apontam ainda que a queda de faturamento está em 69%, o que demonstra uma melhora de 20%, comparado ao mês de março que estava em 89%.
Economia Criativa
Segundo os dados do Sebrae, os pequenos negócios do setor, indicam que mais da metade das empresas, 68% estão sem funcionar. Apontam ainda que são um dos setores com maior percentual de empresas com queda de faturamento representando 91%.
Fonte: Sebrae